Não poderia começar sem citar a minha família, ah a minha família! Ela é enorme, meus pais, irmãos, tios, primos e amigos, os antigos e os novos, a família de Simone, minha esposa, que se juntou à minha.
Vou comentar da família que pudemos construir, a família que os nossos pais nos ensinaram a, também, construir. Eu e Simone nos conhecemos quando tínhamos apenas 13 anos e hoje, após 25 anos juntos (entre amizade e união) sei a felicidade que sinto por viver ao seu lado. Existe um liame que nos prende há muito mais tempo.
Não sabíamos o que o futuro havia reservado para nós. Nosso elo iniciou na Escola Estadual Pedro Calmon, na Armação, tudo haver com a armação que a vida nos pregou, nos juntou e entregou em nossos braços a maior de todas as responsabilidades que um ser humano pode ter: os filhos.
Como pôde a vida colocar em meu caminho, além dela, a doce Maria Luiza, hoje, com cinco anos e o amoroso Antonio, também hoje, com quase seus dois anos de vida? Que energia foi aquela que rasgou o meu peito e fez meu coração acelerar, por duas vezes e de igual proporção, quando estava naquelas salas na hora dos seus nascimentos? Por que eu mereci tê-los ao meu lado? Por que logo essas pessoas tão boas? Me oferecem muito mais do que eu a elas. Que sentimento é esse que me faz sempre querer estar ao seu lado? Essas respostas vou tendo, aos poucos, quando convivo com Simone, quando ouvi dizerem suas primeiras palavras, darem seus primeiros passos, seus primeiros sorrisos, seus choros, suas birras, vontades, fome, carinhos, abraços, "dodóis", beijos, troca de olhares, de cumplicidade.
Aos poucos vou aprendendo e compreendendo o que é ser pai.
Enfim, somos que nem uma videira que bem cuidada vive muitos e muitos anos. E essa videira, a minha família, usa as suas radicelas para nos nutrir de amor e fortalecer as nossas gavinhas para que elas nunca se quebrem, por mais frágeis que pareçam.
Eis aqui a minha família!
