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31 de mai. de 2010

Michelangelo

Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na cidade de Caprese, Itália, no dia 6 de março de 1475. Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença. Filho de Ludovico di Lionardo Buonarroti Simoni, uma pessoa muito ''temente a Deus'' e violenta, era de uma tradicional família da velha aristocracia florentina, mencionada nas crônicas locais desde o século XII . Por isso, nunca aceitou a inclinação do filho pelas artes, julgando ser vergonhoso ter um artista na família. Muitas vezes, chegou a espancar o menino na tentativa de demovê-lo da idéia de ser um pintor. Sua mãe, Francesca morreu quando tinha seis anos. Eram 5 irmãos. Michelangelo foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite cujo marido era cortador de mármore na aldeia de Settignano. Mais tarde, brincando, Michelangelo atribuirá a este fato sua vocação de escultor. E o orgulho familiar jamais abandonará Michelangelo. Ele preferirá a qualquer título, mesmo o mais honroso, a simplicidade altiva de seu nome: "Não sou o escultor Michelangelo. Sou Michelangelo Buonarroti". Aos 13 anos, sua obstinação vence a do pai: ingressa, como aprendiz, no estúdio de Domenico Ghirlandaio, já então considerado mestre da pintura de Florença. Mas o aprendizado é breve - cerca de um ano, pois Michelangelo irrita-se com o ritmo do ensino, que lhe parece moroso, e além disso considera a pintura uma arte limitada: o que busca é uma expressão mais ampla e monumental. Diz-se também que o motivo da saída do juvem foi outro: seus primeiros trabalhos revelaram-se tão bons que o professor, enciumado, preferiu afastar o aluno. Entretanto, nenhuma prova confirma essa versão.

Na Escola de Lorenzo de Medici, Michelangelo permaneceu por 2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.
Aos 17 anos de idade, trabalhou com médicos famosos, dissecando cadáveres de mendigos do cemitério da igreja, para estudar anatomia, desenhava e redesenhava as complexidades de peles, tecidos e outros elementos do corpo humano. Hoje, sabe-se que ele descreveu mais de 800 estruturas anatômicas.
Foi morar em 1492 na cidade italiana de Bolonha, logo após a morte de Lorenzo. Ficou nesta cidade por 4 anos, já que em 1496 recebeu um convite do cardeal San Giorgio para morar em Roma. San Giorgio tinha ficado admirado com a escultura em mármore Cupido, que havia comprado do artista. Nesta época, criou duas importantes obras, com grande influência da cultura greco-romana: Pietá e Baco. Ao retornar para a cidade de Florença, em 1501, cria duas outras obras importantes: Davi e a pintura a Sagrada Família. No ano de 1503, o artista recebeu um novo convite vindo de Roma, de Júlio II. Foi convocado para fazer o túmulo papal, obra que nunca terminou, pois constantemente era interrompido por outros chamados e tarefas. Entre os anos de 1508 e 1512 pintou o teto da Capela Sisitina no Vaticano, sendo por isso comissionado por Leão X. Neste período também trabalhou na reconstrução do interior da Igreja de São Lourenço em Florença. Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Em 1547 foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.

Os Últimos Dias: Solidão e Produção
Com a morte de Clemente VII em 1534, Michelangelo - odiado pelo Duque Alexandre de Medici - abandona mais uma vez Florença. Agora, porém, seu exilio em Roma será definitivo. Nunca mais seus olhos contemplarão a cidade que tanto amou. Vinte e um anos haviam passado desde sua última estada em Roma: nesse período, produzira três estátuas do monumento inacabado de Júlio II, sete estátuas inacabadas do monumento inacabado dos Médici, a fachada inacabada da lgreja de São Lourenço, o Cristo inacabado da lgreja de Santa Maria della Minerva e um Apolo inacabado para Baccio Valori.
Nesses vinte e um anos, perdeu a saúde, a energia, a fé na arte e na pátria. Nada parecia mantê-lo vivo: nem a criação, nem a ambição, nem a esperança. Michelangelo tem 60 anos e um desejo: morrer.
Roma, entretanto, lhe trará novo alento: a amizade com Tommaso dei Cavalieri e com a Marquesa Vittoria Colonna, afastando-o do tormento e da solidão, permite-lhe aceitar a oferta de Paulo III, que o nomeia arquiteto-chefe, escultor e pintor do palácio apostólico. De 1536 a 1541, Michelangelo pinta os afrescos do Juízo Universal na Capela Sistina. Nada melhor que suas próprias idéias sobre pintura para definir essa obra e o homem que a criou: "A boa pintura aproxima-se de Deus e une-se a Ele... Não é mais do que uma cópia das suas perfeições, uma sombra do seu pincel, sua música, sua melodia... Por isso não basta que o pintor seja um grande e hábil mestre de seu ofício. Penso ser mais importante a pureza e a santidade de sua vida, tanto quanto possível, a fim de que o Espírito Santo guie seus pensamentos..."

Terminados os afrescos da Sistina, Michelangelo crê enfim poder acabar o monumento de Júlio II. Mas o papa, insaciável, exige que o ancião de 70 anos pinte os afrescos da Capela Paulina - A Crucfliurão de São Pedro e A Conversão de São Paulo.
Concluídos em 1550, foram suas últimas pinturas. Durante todo esse tempo, os herdeiros do Papa Júlio II não cessaram de perseguir o artista pelo não cumprimento dos vários contratos por ele assinados para o término da obra. O quinto contrato seria cumprido. Em janeiro de 1545, inaugurava-se o monumento. O que restara da plano primitivo? Apenas o Moisés, no início um detalhe do projeto, agora o centro do monumento executado. Mas Michelangelo estava livre do pesadelo de toda a sua vida.

Os últimos anos do mestre ainda foram fecundos, embora numa atividade diferente: a arquitetura. Dedicou-se ao projeto de São Pedro, tarefa que lhe custou exaustivos esforços devido às intrigas que lhe tramaram seus acirrados inimigos. Projetou também o Capitólio - onde se reúne o Senado italiano - e a Igreja de São João dos Florentinos (cujos planos se perderam).
Ainda encontra energias para esculpir. Renegando cada vez mais o mundo, Michelangelo busca uma união mística com o Cristo. Sua criação, como a de Botticelli no final da vida, é toda voltada para as cenas da Paixão.

De pé, aos 88 anos de idade, ele elabora penosa e amorosamente uma Pietá, até que a doença o acorrente em definitivo ao leito, onde - com absoluta lucidez - dita um testamento comovente, pedindo "regressar pelo menos já morto" à sua adorada e inesquecível Florença, doando sua alma a Deus e seu corpo à terra.
Morreu em 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de Roma. Até os dias de hoje é considerados um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos.
Capela Sistina - O Juízo Final
Pietra Capela Sistina Baco Criação de Eva Criação de Adão Batalha de Centauros Davi Separação da Luz e das TrevasTúmulo do Papa Julius II
Fonte: Livro "Gênios da Pintura" da Editora Círculo do Livro

28 de mai. de 2010

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20 de mai. de 2010

É ético o técnico da seleção fazer propaganda de bebida alcoólica?

Como podem as pessoas que conseguem fama (o tal do artista) e que tem como seus seguidores, jovens e crianças, altamente influenciáveis, usando a sua imagem para fazer propagandas de bebidas alcóolicas? O álcool (ou etanol) é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência. Os órgãos que mais sentem os efeitos nocivos são o fígado, coração, vasos e estômago.

Então, não posso perder a oportunidade de postar o excelente artigo do Doutor em demografia, José Eustáquio Diniz Alves, sobre a ética de associar o consumo de bebida ao futebol.

"Vivemos em uma sociedade de livre iniciativa e todas as pessoas e empresas têm o livre arbítrio para buscar a melhor forma de satisfazer as suas necessidades. Mas isto significa que está tudo liberado? As propagandas seguem a chamada “Lei de Gérson” (levar vantagem em tudo) ou as regras do “marketing responsável”?

Não há duvida de que a propaganda é uma forma de comunicação persuasiva que tem o objetivo de influenciar as pessoas, alterar opiniões do público e modificar as atitudes da população. Exatamente porque tem poder de persuasão, as campanhas publicitárias precisam agir dentro da lei e atuar com base em princípios éticos.

Neste sentido, cabe indagar sobre a oportunidade de o técnico da seleção brasileira de futebol fazer propaganda de bebida alcoólica, já que Dunga ocupa um cargo “público” que é muito bem remunerado. O futebol, apesar de ser um esporte originalmente bretão, foi incorporado às tradições populares do país e passou a fazer parte do “Patrimônio Cultural Imaterial” do Brasil. Toda associação com imagens do futebol tem grande apelo popular. Portanto cabe a pergunta: é ético o ex-capitão da seleção brasileira utilizar a sua posição privilegiada para fazer propaganda da cerveja Brahma?

O Ministério Público Federal já ajuizou diversas ações civis públicas contra as cervejarias (e suas propagandas) com pedido de indenização pelos danos causados pelo consumo exagerado de cerveja, tais como o aumento de mortes violentas e de homicídios, de problemas de saúde em geral, de dependência química, de acidentes de trânsito, de problemas profissionais, de violência urbana e doméstica, etc. A questão da publicidade de cerveja no Brasil não se encaixa na questão do moralismo, mas sim em um problema de saúde pública devido ao aumento da morbidade e da mortalidade.

Recentemente o CONAR (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) proibiu a veiculação pela TV do filme de 30 segundos da campanha da cerveja Devassa com Paris Hilton. A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) considerou a campanha sexista, com forte apelo erótico (com uso de modelos como objeto sexual) e desrespeitosa com as mulheres. A retirada do comercial sexista foi indubitavelmente um avanço.

Mas como perguntou o jornalista Ruy Castro, em artigo recente: “O que é mais ‘imoral’ na TV? A socialite Paris Hilton se esfregando numa garrafa de cerveja ou o treinador da seleção brasileira, Dunga, batendo no peito e se dizendo ‘brahmeiro’? A meu ver, Dunga. Mas Paris Hilton é que foi censurada”.

O sexismo das propagandas de cerveja não é ofensivo apenas às mulheres. O sexismo também é ofensivo ao sexo masculino, pois apresenta os homens como “bobos alegres” que vivem na praia, nos estádios de futebol e nos botecos sempre dependentes de um copo de bebida. Os homens são retratados com base em uma “masculinidade hegemônica” que, no mínimo, é reducionista e ultrapassada. As imagens estereotipadas e discriminatórias são ofensivas à dignidade de ambos os sexos. A mercantilização da imagem de corpos atléticos de homens e mulheres exibida nas propagandas de cerveja é um atrativo para os jovens que se tornarão adultos e idosos frequentadores das reuniões dos Alcoólicos Anônimos.

Na verdade as propagandas de cerveja deveriam ser tratadas sob a ótica da saúde pública, sendo insuficiente colocar a frase “beba com moderação”. Aliás, o Ministério da Saúde, por meio da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem tentado implementar propostas de restrições à publicidade deste bilionário mercado das cervejas, pois associa o consumo de álcool a acidentes de trânsito com vítimas, má-formação de bebês e até ao abuso sexual e episódios de violência de todo tipo. O ministro José Gomes Temporão chegou a criticar artistas famosos como Zeca Pagodinho e Ivete Sangalo (e também jogadores de futebol) pela participação – a peso de ouro – nas campanhas publicitárias de cerveja no Brasil.

Recentemente a imprensa cobriu com grande alarde os problemas do jogador Adriano (o Imperador), do Flamengo e da seleção brasileiro, envolvido, segundo a mídia, com problemas de alcoolismo e briga com a noiva em uma favela carioca. Mas, durante a Copa do Mundo na África do Sul, com qual moral o Dunga poderá tratar dos referidos problemas de alcoolismo do jogador Adriano se nos intervalos dos jogos o técnico da seleção brasileira é o maior propagandista da cerveja Brahma?

Os anúncios de cervejas no Brasil têm um quê de propaganda enganosa, pois, em geral, associam o consumo de cerveja ao esporte, à felicidade e ao sexo, como se sexo e prazer fossem subprodutos da embriaguez. O melhor para o Brasil seria avaliar os prejuízos que elas causam à saúde e a educação nacional. A publicidade, ao utilizar figuras públicas de alto apelo popular, precisa atuar com base nos princípios éticos e nos padrões de civilidade e cidadania, não colocando o lucro e os ganhos momentâneos do consumismo acima do bem-estar, de longo prazo, da população brasileira."

José Eustáquio Diniz Alves, colaborador e articulista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE. E-mail: jed_alves{at}yahoo.com.br

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2010/03/19/e-etico-o-tecnico-da-selecao-fazer-propaganda-de-bebida-alcoolica-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

16 de mai. de 2010

Portifólio: NETINHO - A CAIXA MÁGICA - 2010

Pronto. Depois de seis meses de muito trabalho, o DVD de Netinho "A Caixa Mágica", está pronto. Ficou muito bonito, impecável. A equipe estava numa sintonia perfeita.
A direção de cena ficou por conta de Marcio Cavalcante, exigente, conseguiu fazer um dos melhores DVDs já feitos na Bahia, quiçá no Brasil.
A fotografia é de Lázaro Santana. A produtora Movimento investiu e apostou no projeto ousado, arriscou e ganhou, está de parabéns.
Fui convidado por Marcio e quando me disse o desafio do projeto, aceitei na hora e vi uma oportunidade de fazer um trabalho diferente, realmente desafiador e não deu outra, golaço. Minha parte foi montar, colorir, fazer a computação gráfica (limpeza de cenas) e finalizar.

O DVD vai ser prensado em São Paulo e logo estará nas lojas. Também será feita algumas cópias no formato Blu-Ray, altíssima resolução.

Este trailer foi feito no início do projeto para apresentação das cenas.


Portifólio: Colorização do Vt Estradas



Direção: Luciano Lima
Fotografia: Lázaro Santana
Edição: Jefferson Neto
Colorização: Denis Ferreira
Produtora: Movimento
Agência: Objetiva
Formato: Canon 5D/F900 HDCAM

14 de mai. de 2010

Evolução das marcas

Com o passar do tempo, as empresas vão atualizando as suas marcas, acompanham as tendências do mercado e ficam mais próximas dos seus clientes.

Xerox
Volkswagen
Shell
Pepsi
Nokia
Nike
Microsoft
Mercedes-Benz
Mastercard
Kodak
IBM
Ford
Canon
BMW
Apple

Fonte: http://www.instantshift.com.nyud.net/2009/01/29/20-corporate-brand-logo-evolution/